Algumas definições apontam a comunicação de crise como a reacção comunicacional a algo que afecta negativamente uma empresa ou entidade.
Mas será mesmo assim? Ou deve o responsável da área prever genericamente situações potencialmente negativas e ter preparado um plano que, em caso de emergência, seja antecipadamente conhecido pelos principais intervenientes (directores, administradores), de modo a entrar de imediato em execução?
A resposta a esta questão faz a diferença entre uma assessoria profissional e a de "desenrascanço".
Mesmo que não seja possível impedir alguns efeitos prejudiciais sobre a imagem da empresa ou entidade em situação de crise, o aconselhamento profissional revela-se importante para estancar prontamente a espiral negativa, evitando que um episódio pontual se descontrole e assuma proporções ainda maiores. Porventura, de dimensões inimagináveis ou dramáticas.
Veja-se o recente caso do BES e a revelação de irregularidades contabilísticas. Perante o facto, e em vez de os negar, o líder emblemático do Grupo Espírito Santo apressou-se a reconhecer o problema. Dessa forma, Ricardo Salgado evitou que imprensa e opinião pública multiplicassem e agravassem as análises negativas. O mal estava feito, mas males piores estão a ser evitados, dentro do possível.
Por vezes, o plano de comunicação de crise pode mesmo aproveitar o episódio negativo para "contra-atacar" com uma campanha que contrarie os efeitos e reponha, ou até superiorize, a imagem positiva do cliente.
Exemplo paradigmático também recente é o protagonizado pela Pepsi e envolvendo Cristiano Ronaldo. A multinacional não se limitou a pedir desculpas públicas pela campanha de mau gosto lançada na Suécia: rapidamente, fez um acordo com o futebolista e foi lançado um projecto conjunto de cariz solidária. Goooolo da comunicação!
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sexta-feira, 30 de maio de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Ter boa imprensa
Recordam-se de algum primeiro-ministro ou candidato a primeiro-ministro que não tenha sido comentador político antes de assumir publicamente as suas pretensões? Eu só me recordo de um: António José Seguro. E talvez por isso as dificuldades em cair no goto da imprensa. E talvez por isso António Costa faz abalar tanto as hostes mediáticas, da esquerda à direita. Ter boa imprensa é o quê? É, no fundo, saber ir ao encontro do que ela precisa, saber dar-lhe a notícia, o soudbyte, nos timings exactos. O pós-eleições de domingo não é a vitória magra de Seguro, ou a derrota vitoriosa da aliança de Governo. Costa posicionou-se como a figura central da agenda mediática e vai andar por aí.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Factor "Conchita" de Diferenciação
Diz quem sabe que, em Marketing, um dos
factores de maior sucesso é a Diferenciação. Diferenciação essa que pode passar por
muitas vertentes, desde a forma e o estilo ao desempenho ou até confiabilidade.
Serão essas palavras –
Desempenho e Confiabilidade – aplicáveis ao menos óbvio? A resposta é Sim, e a prova disso é Conchita!
Quem é a Conchita?
A/o Conchita foi o/a grande vencedor(a) do último Festival Eurovisão da Canção. Não é
novidade que o/a vencedor tem algo de (in)comum, pois podemos
recordar o grupo de metal finlandês Lordi,
vencedor deste mesmo concurso em 2006.
Contudo, o que é novidade é o antagonismo apresentado "pelo"
concorrente: o
seu excelente Desempenho contrastando com a sua Confiabilidade física
tornaram-se dois factores de Diferenciação, o que levou a uma vitória categórica e (aparentemente) sem
contestação!
Podemos concluir,
então, que Conchita torna-se mais um caso de sucesso do factor de
Diferenciação, aproveitando-se de uma estratégia de Marketing para se promover.
A isto chamamos de Marketing Pessoal!
quarta-feira, 14 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Regresso ao passado em comunicação
"- Por que os vestidos de noiva são brancos?
- Porque dão melhor com os electrodomésticos."
Agora, é anedota sexista de humor duvidável. Mas não há muitos anos que era algo politicamente correcto, até em publicidade, como se pode recordar nesta viagem.
- Porque dão melhor com os electrodomésticos."
Agora, é anedota sexista de humor duvidável. Mas não há muitos anos que era algo politicamente correcto, até em publicidade, como se pode recordar nesta viagem.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Novo Director Comunicação e Marketing McDonalds Portugal
O Cliente Quer Capa vem por este meio felicitar John Alves, o novo director de Comunicação e Marketing da McDonalds Portugal.
Licenciado em Gestão e Administração de Empresas, John Alves integrou os quadros da McDonald’s em 2003, como Gestor de Marketing, onde liderou vários projectos, tendo, posteriormente, assumido o cargo de Director de Marketing e Comunicação. Em 2009, foi nomeado Director de Marketing da McDonald’s para o Sul da Europa, com responsabilidade directa sobre nove países - Espanha, Itália, Holanda, Bélgica, Suíça, Portugal, Grécia, Marrocos e Malta- função que desempenhou até ao presente.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Parabéns ao i
O jornal i assinala hoje o seu 5º aniversário com um destacável que conta a história da crise. Um jornal que nasceu com a crise e tem andado de mão dada com ela. Uma crise que não lhe permitiu recompensar o valor que tem.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Um biquini contra a falta de interesse dos media (Reflexão)
O jornalista do Diário Económico Luís Manuel Cabral relata hoje a história de Paola Bacchiddu, chefe do gabinete de imprensa da lista de Tsipras, em Itália.
Resumidamente, Paola Bacchiddu, cansada da falta de interesse da comunicação social face aos comunicados de campanha, resolveu dar um incentivo para que estas, fossem apreciadas. A jornalista, postou na sua conta pessoal de Facebook uma fotografia sua em biquini com a legenda "Olá, já começou a campanha eleitoral e eu utilizo todos os meios. Vota na 'Outra Europa' de Tsipras".
O facto é que esse simples "post" gerou grande controvérsia em Itália, devido ao facto de Bacchiddu ser a chefe do gabinete de imprensa da lista de Tsipras em Itália, movimento de radicais de esquerda italianos que apoia a candidatura do grego Alexis Tsipras para presidente da Comissão Europeia nas próximas eleições.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Vida de assessor de imprensa...
Vida de assessor de imprensa não é fácil...
Como se diz, e bem, uma imagem vale mais que mil palavras, por isso hoje deixo aqui uma imagem que é uma 'caricatura', bem humorada, do que nos acontece tantas e tantas vezes.
(imagem: https://www.facebook.com/AssessorDeImprensaDepressao)
Como se diz, e bem, uma imagem vale mais que mil palavras, por isso hoje deixo aqui uma imagem que é uma 'caricatura', bem humorada, do que nos acontece tantas e tantas vezes.
(imagem: https://www.facebook.com/AssessorDeImprensaDepressao)
sexta-feira, 2 de maio de 2014
A forma é o conteúdo? Ou a história do copo de leite
Pode-se dizer que vivemos uma época em que o aspecto conta mais do que a essência. Contudo, essa época não começou agora, pelo que também já provocou a reacção contrária, isto é, a essência é novamente valorizada. Mas quererá isso dizer que o aspecto está condenado a perder outra vez importância? Ou ganhou estatuto que já não perde e tende a confundir-se com a própria essência?
Falando de comunicação - obviamente -, sabemos que uma boa embalagem ajuda a vender, mas que o produto tem que satisfazer. Da mesma forma, sabemos que um conteúdo comunicacional, mesmo que tenha qualidade, necessita de ser bem "vendido", seja o conteúdo a mensagem de uma empresa, de uma força política ou de um centro de investigação. Uma marca forte que lance um produto esteticamente atractivo mas fraco de utilização terá sucesso? Um político-galã ainda conseguirá seduzir eleitores? Uma descoberta científica importante terá eco se não for descodificada para o cidadão comum?
Por outras palavras, recordemos aquela história do copo de leite: uma nova variedade de leite, extremamente saudável, que é dada a provar num copo... notoriamente sujo. Com a atenção inevitavelmente focada na sujidade, quem vai conseguir concentrar-se no conteúdo, por mais que se argumente que "o que interessa é o leite, não o copo"?
Assim sendo, parece que a fronteira entre forma e conteúdo tende a esbater-se.
É caso para admitir que "a forma é o conteúdo"?
Falando de comunicação - obviamente -, sabemos que uma boa embalagem ajuda a vender, mas que o produto tem que satisfazer. Da mesma forma, sabemos que um conteúdo comunicacional, mesmo que tenha qualidade, necessita de ser bem "vendido", seja o conteúdo a mensagem de uma empresa, de uma força política ou de um centro de investigação. Uma marca forte que lance um produto esteticamente atractivo mas fraco de utilização terá sucesso? Um político-galã ainda conseguirá seduzir eleitores? Uma descoberta científica importante terá eco se não for descodificada para o cidadão comum?
Por outras palavras, recordemos aquela história do copo de leite: uma nova variedade de leite, extremamente saudável, que é dada a provar num copo... notoriamente sujo. Com a atenção inevitavelmente focada na sujidade, quem vai conseguir concentrar-se no conteúdo, por mais que se argumente que "o que interessa é o leite, não o copo"?
Assim sendo, parece que a fronteira entre forma e conteúdo tende a esbater-se.
É caso para admitir que "a forma é o conteúdo"?
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Será o Marketing, Comunicação ou será Comunicação, Marketing? Ou serão conceitos diferentes e que apenas se cruzam nos seus objectivos?
Stalmir Vieira, autor do livro, Raciocínio Criativo na Publicidade, explica que o Marketing procura uma oportunidade de mercado através da análise do cenário, e, assim, determina acções para atingir seus objectivos de venda. Essas acções têm por objectivo atender as expectativas identificadas no público-alvo. Já a Comunicação entra no processo, traduzindo as intenções de marketing em estratégias para atrair a atenção do cliente.
Seguindo uma linha de pensamento mais tradicional, podemos, citar o Pai do Marketing, Philip Kotler, onde explica que o “Marketing é um processo social, pelo meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros". Tendo isto em conta, deveremos lembrar-nos dos 4 P´s do Marketing: Product, Price, Promotion and Place.
Um dos pontos básicos da promoção, é a Comunicação. Seguindo estas premissas, podemos então verificar que a Comunicação está inserida dentro do grande abc do "Marketing".
Marketing é uma filosofia de gestão orientada para o cliente
Fazendo uma analogia com a Teoria dos Conjuntos, poderíamos dizer que comunicação está dentro de marketing, mas Ma
rketing não está dentro de Comunicação, assim como publicidade está dentro da comunicação, mas o inverso não é verdade.
Dentro da comunicação, dispomos de ferramentas como publicidade, relações públicas, Marketing direto, promoção de vendas e venda pessoal, onde cada uma executa uma tarefa estratégica, desde a venda de curto prazo à construção da identidade e imagem da empresa a longo prazo.
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