Nesta semana que hoje termina, o grande buzz, deste fascinante mundo que é o virtual, foi a forma física de Jéssica Athayde. Depois de ter passado pela Meo Arena, onde visitou a segunda edição da In Beauty - feira de estética, cosmética e cabelo, a atriz rumou à Moda Lisboa para desfilar para a marca Cia. Marítima. Até aqui tudo normal. Anormal foi o que aconteceu depois. Uma imagem de Jéssica em bikini, com um texto no mínimo infeliz e cruel, no blogue Meninas de Batôn, gerou uma onda gigante de perplexidade, indignação e, posteriormente, de solidariedade. A autora do referido blogue aconselhava a atriz a comer menos hidratos de carbono, sugerindo com um humor sarcástico que Jéssica estava fora de forma física e não deveria, por isso, ter desfilado.
A atriz apressou-se a responder, à altura, no seu blogue pessoal: “Qual não foi a minha perplexidade quando observo que, a propósito de uma fotografia menos feliz, sou alvo de críticas, comentários desagradáveis e uma série de mimos, próprios deste mundo das redes sociais em que ainda nos estamos a habituar a viver. Estes comentários foram feitos na maioria por mulheres. Mulheres, vou repetir. Mulheres que são filhas, mulheres que são mães, mulheres que ainda não perceberam que cada vez que cedem à tentação de atacar outra mulher com base nas suas características físicas, estão a enfraquecer a condição feminina, em vez de lhe dar força. Estão a cultivar as inseguranças, as desordens alimentares, a escravidão da imagem”, escreveu.
Muitas foram as figuras públicas que vieram manifestar publicamente, principalmente nas redes sociais, a sua solidariedade a Jéssica Athayde e o caso acabou mesmo por ultrapassar as fronteiras virtuais. Os jornais e revistas sociais deram-lhe destaque, assim como alguns programas televisivos. Estou em crer, aliás, que esta história ainda não terá acabado...
Na minha opinião, este é um assunto típico de uma silly season, embora já um bocadinho fora de tempo, admito. Mas, como o próprio tempo está ‘desregulado’, não há o que estranhar.
Penso que, depois deste episódio, há algumas chamadas de atenção a fazer, designadamente:
- Qualquer um de nós pode fazer um blogue e escrever o que lhe apetecer! (ah, pois é!)
- Há cada vez mais gente que escreve em blogues;
- Há gente que escreve em blogues e que acha, por isso, que já é opinion leader;
- Há gente que escreve em blogues e que não sabe qual a diferença entre opinar e difamar;
- Por último, mas não menos importante, há muita gente a seguir diariamente estes blogues!
Em resumo: neste caso concreto, há males que acabam por trazer grandes benefícios. Que o diga a própria Jéssica Athayde, que caiu em graça junto da esmagadora maioria da opinião pública, e isso deverá trazer-lhe, certamente, novos e chorudos trabalhos. Também a marca Cia. Marítima deve estar a esfregar as mãos e irá, provavelmente, tirar dividendos deste incidente, já que nunca terá tido tantas referências noticiosas – positivas, diga-se! - como nos últimos dias.
Agora, pergunto eu: Havia necessidade de tanto estardalhaço?
Wellcome to the virtual world, dirão!
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