Algumas definições apontam a comunicação de crise como a reacção comunicacional a algo que afecta negativamente uma empresa ou entidade.
Mas será mesmo assim? Ou deve o responsável da área prever genericamente situações potencialmente negativas e ter preparado um plano que, em caso de emergência, seja antecipadamente conhecido pelos principais intervenientes (directores, administradores), de modo a entrar de imediato em execução?
A resposta a esta questão faz a diferença entre uma assessoria profissional e a de "desenrascanço".
Mesmo que não seja possível impedir alguns efeitos prejudiciais sobre a imagem da empresa ou entidade em situação de crise, o aconselhamento profissional revela-se importante para estancar prontamente a espiral negativa, evitando que um episódio pontual se descontrole e assuma proporções ainda maiores. Porventura, de dimensões inimagináveis ou dramáticas.
Veja-se o recente caso do BES e a revelação de irregularidades contabilísticas. Perante o facto, e em vez de os negar, o líder emblemático do Grupo Espírito Santo apressou-se a reconhecer o problema. Dessa forma, Ricardo Salgado evitou que imprensa e opinião pública multiplicassem e agravassem as análises negativas. O mal estava feito, mas males piores estão a ser evitados, dentro do possível.
Por vezes, o plano de comunicação de crise pode mesmo aproveitar o episódio negativo para "contra-atacar" com uma campanha que contrarie os efeitos e reponha, ou até superiorize, a imagem positiva do cliente.
Exemplo paradigmático também recente é o protagonizado pela Pepsi e envolvendo Cristiano Ronaldo. A multinacional não se limitou a pedir desculpas públicas pela campanha de mau gosto lançada na Suécia: rapidamente, fez um acordo com o futebolista e foi lançado um projecto conjunto de cariz solidária. Goooolo da comunicação!
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